Os R$ 60 milhões, que corresponderiam à venda de pelo menos 30 mil cabeças de gado que estavam na Fazenda Rolim, segundo uma fonte, foram vendidas para a Cairu e para o frigorífico Fertipar, ambas empresas idôneas e consolidadas.
Premunição
O questionamento do porquê da venda de todo esse gado quando o preço da arroba está em baixa às vésperas de ser anunciada a autorização de abertura de investigação contra parlamentares, por conta da homologação concedida pelo ministro Edson Fachin, não seria o ponto alto da linha de investigação, mas, de como surgiu esse gado?
Se o Ministério Público suspeitasse que as terras que engordaram o gado tivessem pertencido à Camargo Correia, grande empreiteira que já trabalhou em Rondônia, poderiam surgir algumas coincidências: uma delas é que a Camargo Correia foi beneficiada com vantajoso incentivo fiscal. Outro ponto que, até então seria mais uma coincidência, é se os incentivos fiscais tivessem ocorrido quando o senador Ivo Cassol era o governador de Rondônia. Mas, o clímax da investigação séria quando tivesse em mãos os documentos que atestassem que as terras que teriam pertencido à poderosa empreiteira, fossem as mesmas terras adquirida pelo ex-governador. Na possibilidade de as terras e o gado tivessem estado em nome de terceiros se tornaria o grande desafio da investigação.
Com um rebanho tão grande, se alguém chamasse o senador de ‘Rei do Gado’, combinaria com Dallas: apelido dado a ele pela Odebrecht, em uma alusão ao uso do chapéu, que foi implementado por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, para identificar Ivo Cassol na lista de pagamento de propinas.
Fonte: Folha de Rondônia