Além da perda dos direitos políticos, a sentença impõe ao ex-governador uma multa, além da proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios fiscais ou creditícios
O ex-governador de Rondônia, Ivo Cassol, teve mais um revés em sua carreira política. Na última sexta-feira (11), o Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça de Rondônia publicou o acórdão que confirma sua condenação, tornando-o inelegível por mais oito anos. Cassol, que vinha se movimentando para lançar sua candidatura ao governo em 2026, agora só poderá concorrer a cargos públicos em 2034. A decisão unânime foi tomada pelo pleno do TJRO em resposta a um recurso do ex-governador, que havia sido condenado em ação movida pelo Ministério Público de Rondônia e o Município de Rolim de Moura.
A condenação, já aguardada por alguns setores jurídicos, envolve o favorecimento de uma empresa de familiares durante o período em que Cassol era prefeito de Rolim de Moura. Além da perda dos direitos políticos, a sentença impõe ao ex-governador uma multa, além da proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios fiscais ou creditícios.
Rumores circularam sobre um possível acordo com o Ministério Público que poderia reverter a inelegibilidade de Cassol, mas fontes consultadas pelo blog Entrelinhas afirmam que essas especulações são infundadas. A decisão já foi tomada por unanimidade pelo TJRO, e qualquer tentativa de reverter o quadro seria apenas uma manobra para prolongar o processo, possivelmente a fim de arrecadar mais recursos de Cassol.
Com essa condenação, a política de Rondônia passa por uma reviravolta, uma vez que Cassol vinha se articulando nos últimos meses para voltar à cena política com força. Ele havia reassumido o controle do Partido Progressista (PP) e estava atraindo diversas lideranças para a sigla, além de estimular candidaturas para prefeituras em todo o estado.
O ex-governador tomou conhecimento da condenação no início de setembro, o que explicaria sua repentina viagem à Europa, em meio às campanhas eleitorais municipais que ele próprio ajudou a incentivar. Fontes indicam que a notícia abalou Cassol, que só retornou ao Brasil nos dias finais do primeiro turno das eleições municipais.
Com seu futuro político comprometido até 2034, a cena política em Rondônia deve tomar novos rumos, à medida que lideranças que antes gravitavam ao redor de Cassol buscam outras alianças e estratégias para os próximos pleitos.
0 comentários :
Postar um comentário