Após a m.o.r.t.e trágica de Kayla Beatriz de Arruda Marques, de 21 anos, sua mãe de criação gravou um desabafo nas redes sociais, relatando sérias falhas no sistema de saúde de Nova Mamoré. Kayla, mãe de um bebê de 11 meses, enfrentava uma depressão severa e precisava de acompanhamento médico especializado, mas, segundo sua mãe adotiva, não recebeu o suporte necessário.
Denúncias contra o sistema de saúde
Em seu vídeo, a mãe relatou que Kayla já havia demonstrado comportamentos suicidas e enfrentava uma forte dependência de álcool e medicamentos. Mesmo com repetidos pedidos de encaminhamento para tratamento em Porto Velho, as solicitações foram ignoradas.
A mãe adotiva afirmou ter removido o fio do pescoço de Kayla duas vezes na semana anterior ao ocorrido e relatou que ela havia se autolesionado. “Eu mandei áudios, pedi ajuda, mas ninguém fez nada. Se um médico vê que o paciente está com depressão profunda, ele deveria fazer algo. Mas, porque não havia acompanhante para levá-la, mandaram ela para casa”, desabafou.
Histórico de negligência
A mãe ainda lembrou que, em maio do ano passado, perdeu outro filho devido a atendimentos inadequados no hospital local. “Ele foi oito vezes ao hospital, e só passaram amoxilina. Quando finalmente fizeram um exame, já era tarde. Oito dias de espera enquanto a doença avançava”, relatou, destacando que o secretário de saúde estava presente no hospital, mas não tomou providências eficazes.
Pedido de justiça
A mãe de Kayla também expressou a dor que sente com a perda de dois filhos em tão pouco tempo e destacou que, apesar de lutar contra uma depressão severa, fez tudo o que estava ao seu alcance para salvar Kayla. “Mesmo assim, eu tentei ajudar. Tirei o fio do pescoço dela, cuidei, pedi ajuda, mas ninguém ouviu.”
Ela concluiu o vídeo pedindo justiça para Kayla e uma mudança na forma como o sistema de saúde do município trata casos de urgência, especialmente relacionados à saúde mental.
Kayla deixa uma bebê de 11 meses. A tragédia expõe a necessidade urgente de melhorias no atendimento à saúde pública e reforça a importância de apoio a pessoas que enfrentam transtornos psicológicos.
Assista o vídeo:
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